Onze minutos (Paulo Coelho)


O livro conta a história de Maria, uma jovem nordestina que não quer se casar antes de conhecer o Rio de Janeiro. Ela então economiza algum dinheiro durante um tempo e vai realizar seu sonho. Quando chega ao Rio, Maria logo desperta o interesse de um empresário suíço que promete levá-la para a Europa e transformá-la em uma grande estrela. Maria então vai para a Suíça, com o apoio da família e com o contrato já assinado.

Porém chegando lá na Suiça Maria percebe que o trabalho é bem diferente do que ela imagina. Ela irá trabalhar numa situação de quase escravidão como dançarina em uma boate, sendo esse o passo inicial para Maria se tornar uma prostituta.

Com o tempo Maria é demitida.

Já com os sonhos totalmente destruídos, Maria tem uma nova meta: vender seu corpo para comprar uma fazenda no Brasil.

O livro é baseado no diário verdadeiro da personagem principal. 

Sozinha em um país estranho, sem conhecer nada e nem ninguém, Maria resolve procurar uma rua famosa onde encontra um nome muito familiar em um bar, “Copacabana”, e começa a trabalhar como garota de programa. Disposta a juntar um bom dinheiro e voltar a seu país com uma boa condição financeira, ela se torna uma acompanhante muito agradável e dedicada para seus clientes, sendo vista por suas colegas como uma pessoa ambiciosa. 

Apesar de viver na prostituição, Maria é inteligente e sabe conversar. Os homens gostam dela, pois ela está sempre disponível para conversar com eles e dar-lhes carinho. 

Enquanto o tempo estipulado por si mesma não chega ao fim, Maria resolve passar seu tempo de maneira diferente, estudava, lia muito, visitava a biblioteca com frequência e ía adquirindo certa sabedoria durante este período. 

Um dia, andando pelas ruas da cidade, encontra um café muito interessante e resolve entrar e experimentar o ambiente, lendo um livro e passando o tempo por ali. Quando estava prestes a sair, foi abordada por um homem que se dizia pintor e que pediu para que ela esperasse, pois queria pintá-la. Mesmo desconfiada, Maria aceitou. 

Apesar de se envolver com muitos homens diferentes e viver na promiscuidade, Maria ainda tem esperanças de encontrar um amor verdadeiro, no qual irá poder se casar e formar uma família. Esse desejo de Maria se concretiza ao conhecer o amor de sua vida, Ralf Hart, o pintor amigo. Apesar de não morarem na mesma cidade, Maria cultiva esse amor e sofre com a saudade que sente do amado constantemente. 

Ralf Hart aprecia a luz pessoal de Maria e põe em risco a sua determinação, ameaçando a sua liberdade. Apesar de Maria ser persistente e não pretender fugir dos seus objetivos, o pintor apresenta-se como uma pessoa diferente, que muito lhe ensina sobre a sua profissão, religião, sociedade e até sobre ela própria, ajudando-a a perceber o mundo que a rodeia. Mas até Maria atingir o prazo estabelecido para voltar ao nordeste brasileiro, com planos para a construção de sua fazenda ela ainda se descobre no mundo masoquista, em que sofrer é sinônimo de prazer. 

Ralf ajuda-a a escapar, e Maria percebe que chegou a hora de partir. No entanto, quando o seu avião faz escala em Paris, a jovem acaba por encontrar sua melhor companhia dos momentos felizes: Ralf espera-a no aeroporto! 

E assim a história se acaba (ou talvez comece)?...como um conto de fadas, em que a personagem principal trabalhou como prostituta e encontrou o seu príncipe encantado em um pintor boêmio... Serão felizes para sempre?